Projetos


Paleoceanografia da Margem Equatorial Brasileira (BEM)

Este projeto busca aplicar métodos como paleomagnetismo, análises paleontológicas, mineralogicas e geoquímicas em sedimentos carbonáticos e terrígenos com o objetivo de obter uma reconstrução paleoceanogrbemáfica detalhada da evolução da Margem Equatorial Brasileira (Brazilian equatorial margin - BEM) para o intervalo Paleogeno (com mais foco no Eoceno Médio – Oligoceno) e comparar os resultados com a situação oceanografica recente.O Eoceno Médio – Oligoceno é o período em que ocorreram as maiores variações climáticas do Cenozóico, como o congelamento da Antártica. Serão obtidos dados de alta resolução referentes às propriedades magnéticas, associações de microfósseis, minerais e isótopos na BEM  para a melhor compreensão de (i) como a circulação oceânica e o ciclo do carbono se comportam durante as transições climáticas, e (ii) como os sistemas físicos e biológicos respondem a níveis elevados e à variação de CO2 atmosférico.

CAPES Ciencias do Mar.
Coordenador- Luigi Jovane; Integrantes:  Felipe Toledo, Karen Costa, Francisco Hilario Bezerra, Helenice Vital, Candido Moura.


Avaliação da produtividade primária marinha através do estudo das bactérias magnetotáticas em sedimentos

A produtividade primária nos oceanos depende da quantidade de carbono e material orgânico o qual é relacionado a uma série de fatores como temperatura, disponibilidade de nutrientes, circulação oceânica, condições oxidantes e de anóxia, quantidade de CO2, presença de água doce e mudanças atmosféricas. A soma dessas condições promove uma variação na produtividade primária em relação às variações climáticas,distribuiçãoda poluição, acidificação dosoceanos, respostaa eventos tectônicos,deslavamento fluvial, velocidade tempdo ciclo do carbono e resposta do sistema oceânico a essas variações ambientais. A complexidade do ciclo do carbono aolongo dos períodos geológicos auxilia na compreensão das variações climáticas no futuro. As bactérias magnetotáticas são organismos procariotos capazes de biomineralizar, no interior de sua célula, umtipo demagnetita de domíniosimples (magnetossomos), a qual permite que elas se movam na transição entre as zonas ricas e pobres em oxigênio. As bactériasmagnetotáticas foram encontradas empoucos sedimentos antigos pelo fato de que a sepultura em condições anóxicas provocam sua completa dissolução. Ainda, os fatores biogeoquímicos que controlam as populações debactérias magnetotáticas nesses ambientes não são esclarecidos.

Jovem Pesquisador FAPESP.
Coordenador: Luigi Jovane; Integrantes: Fabio Florindo, Rodolfo Coccioni, Liao Chang, Bernard Housen, Ulysses Lins, Vivian Pellizari, Frederico Brandini, Heath Mills.


Depósitos Polimetálicos Marinhos — uma jazida de elementos E-tech

Em algumas áreas no fundo dos oceanos, em profundidades que podem atingir 5 mil metros, é possível encontrar diversos tipos de depósitos de metais. Os mais comuns são nódulos de manganês, com diâmetro entre 10 e 20 centímetros, distribuídos no assoalho oceânico, sobre o sedimento marinho, compostos por manganês, ferro, cobre, níquel e cobalto. Já em profundidades um pouco menores, entre 500 e 1.000 metros, também podem ser observadas crostas polimetálicas, com aspecto semelhante ao de asfalto, e depositadas sobre afloramentos rochosos, que são ricas em cobalto e têm menores teores de manganês, cobre e níquel do que os nódulos polimetálicos. Um consórcio internacional integrado por cientistas de universidades e instituições de pesquisa do Brasil e do Reino Unido pretende desvendar, nos próximos cinco anos, como esses depósitos polimetálicos foram formados no oceano Atlântico, há milhões de anos, e quais condições ambientais favoreceram seu surgimento e crescimento, entre outras questões. nodulosO projeto faz parte do programa de pesquisa Security of Supply of Minerals Resource (SoS Minerals), lançado pelo Natural Environment Research Council (NERC) e o Engineering & Physical Sciences Research Council (EPSRC) – dois dos Conselhos de Pesquisa do Reino Unido (RCUK, na sigla em inglês). O objetivo do projeto é entender quais as razões ambientais que condicionaram a ocorrência desses depósitos polimetálicos nos montes submarinos e nas planícies abissais [zona plana que ocupa grande extensão do fundo dos oceanos e que ocorre a profundidades de, aproximadamente, 5 mil metros] do oceano Atlântico Sul e Norte.

Projeto Tematico FAPESP. 
PI responsible - Frederico P. Brandini PI: Paulo Sumida, Alexandre Turra, Ilson Silveira, Vivian Pellizzari; Participants: Luigi Jovane, Brumley Murton, Jim Hein, Suzan Muinos, Peter Halbach

http://agencia.fapesp.br/projeto_investigara_origens_de_jazidas_de_minerios_no_fundo_do_atlantico/21410/


O papel das mudanças climáticas na dinâmica dos manguezais da Ilha oceanica de Fernando de Noronha

A Ilha de Fernando de Noronha representa a porção mais oriental Fernando de Noronhada America do Sul. Portanto, nesta ilha ocorrem os manguezais localizados mais a leste do território brasileiro. Os manguezais de Fernando de Noronha podem nos trazer informações importantes sobre a origem e evolução destes durante o Quaternário Tardio na America do Sul. Os processos sedimentares e hidrodinâmicos responsáveis pela formação dos manguezais na área em estudo controlam o material particulado e componentes geoquímicos associados, os quais foram transferidos do oceano para o continente ou formados mesmo “in situ”. A dinâmica destes processos em uma área protegida, a Baía de Sueste, foi responsável pela origem e desenvolvimento desta zona úmida costeira. Os manguezais de Fernando de Noronha permaneceram fora do reino convencional de estudos de zonas úmidas em virtude de seu difícil acesso e baixa representatividade. Entretanto, sua posição geográfica e isolamento o tornam um excelente ambiente para ser estudado para fornecer conhecimentos básicos sobre a origem e evolução dos manguezais. Neste projeto, nos propomos a compreender de que formas as variações climáticas influenciam os processos de evolução dos manguezais formados em ilhas oceânicas, responsáveis pelo trapeamento, liberação e alteração do material particulado e dos componentes químicos a ele associados. Para execução do projeto, se faz necessário a composição de um grupo interdisciplinar de cientistas a investigar os processos hidrodinâmica, transporte de sedimentos e acumulação, geoquímica sedimentar, e a história geológica registrada nos sedimentos. As escalas de tempo relevantes variam de flutuações de marés semi-diurnais a mudanças climáticas decenais a milenar. O trabalho proposto permitirá a comunidade científica entender como os manguezais modulam as perturbações impostas à transferência de material para o oceano. Assim, poderemos prever como os impactos das atividades antrópicas afetarão a dinâmica costeira e como os ambientes costeiros, em especial os manguezais da ilha oceânica de Fernando de Noronha estão respondendo às mudanças globais em curso.

Pesquisa e desenvolvimento em Ilhas Oceanicas - CNPq.
Coordenador: Pedro Walfir Martins e Sousa-Filho; Integrantes: José Tasso Felix Guimarães, Roberto Dall’Agnol, Prafulla Kumar Sahoo, Everaldo Martins, DouglasOti, Luigi Jovane, Arnaldo Queiroz da Silva, Jean-Michel Lafon, Afonso Cesar Rodriguez Nogueira, Nils Edwin Asp Neto, Marcelo Rollnic, Marcio Souza da Silva, Afonso Quaresma de Lima


Godinâmica de Bacias Sedimentares e implicações para o potencial exploratório (petróleo, gás natural e água subterrânea) - NAP GEO-SEDex

O Núcleo de Apoio à Pesquisa "Geodinâmica de Bacias Sedimentares e implicações para o potencial exploratório - GEO-SEDex" foi criado em 2011. Este núcleo visa potencializar a pesquisa aplicada (hidrocarbonetos e água) e de inovação em bacias sedimentares, na escala litosférica, via "rede de conhecimento". Cientistas de diferentes áreas participam do Geo-SEDex: Instituto de Geociências (IGc), Instituto de Astronomia Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), Instituto Oceanográfico (IO), Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), Unifesp e do Instituto Geológico do Estado de São Paulo


Nucleo de Apoio a Pesquisa (NAP) USP.
Coordenador: Wilson Teixeira; Integrantes: Luigi Jovane
http://www.igc.usp.br/index.php?id=555


 

Paleomagnetic and rock magnetic properties of basement and overlying sediments of IODP Expedition CRISP-2, Costa Rica Leg 344)

crispOs objetivos da expedição eram coletar testemunhos de sedimentos oceânicos da crosta oceânica que esta sendo subductada e entender a estrutura dos sedimentos acima do decollement, que é o limite tectônico entre os sedimentos em subduco e sedimentos que estão acima destes. A finalidade principal é entender a evolução tectono-oceanográfica da área, a presença de sea-mounts neste processo de subducção e acrescentar conhecimentos sobre a formação de terremotos em margem de subducção erosiva. U1412 são sedimentos acrescionados na parte mais proximal da fossa e cumpre 364 metros com 205 metros de carbonato argiloso e siltoso plio-pleistocenico acima de 126 metros carbonatos ooze com nannoplancton e sílica biogênica. Estas duas formações estão acima de argilas e siltes ~70 metros do mioceno. Este furo possui muitas estruturas de deformação e falhas e foi o maior foco e dificuldade da expedição. Neste furo estávamos procurando o decollement mas as condições de estabilidade não permitiram o prosseguimento da coluna de perfuração. U1414 foi perfurado acima de crosta oceânica subductando e são 670 metros de sedimentos que inclui 80 metros de sedimentos argiloso do plio-pleistoceno e depois 300 metros de calcários com nannofossil ooze, argilas e na parte mais baixa espiculas de esponjas de idade Miocênica. A série estratigráfica parece continua. Entorno cerca de 380 metros encontramos o embasamento basáltico que foi perfurado 96 metros. O trabalho seraacute; focado namagnetoestratigrafia e magnetismo ambiental dos furos U1412 e U1414 (total de 1200 amostras) para definir o esquema de tempo dos sedimentos e entender a evolução oceanográfica dos sedimentos. Este projeto incluir estudantes de iniciação cientifica, mestrado, doutorado e pós-doutorado.


Projeto IODP-CAPES.
Coordenador: Luigi Jovane. Participantes: Paola Vannucchi, Xixi Zhao, Frank Li, Debora Nascimento e Katerina Petronotis.
http://iodp.tamu.edu/scienceops/expeditions/costa_rica_seismogenesis.html


Estudos de magnetoestratigrafia: ensaio em sucessões brasileirs e calibração da curva de paleointensidade relativa para o período calmo do Cretáceo (Aptiano-Albiano)



Pesquisa FUSP/Petrobras.
Coordenador: Ricardo Ivan Ferreira da Trindade; Integrantes: Luigi Jovane, Rodolfo Coccioni, Fabrizio Frontalini, Jairo Francisco Savian, Liliane Janikian, Renato Paes de Almeida. 





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